A recomposição da frota mercante de bandeira brasileira será uma das prioridades dos diretores indicados para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), cujos nomes foram aprovados ontem (08/02) na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) do Senado Federal. As mensagens que designam Murilo de Moraes Rego Corrêa Barbosa e Décio Mauro Rodrigues da Cunha para a diretoria do órgão serão agora encaminhadas ao Plenário. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) elogiou o governo pelas indicações.
Atual consultor da Antaq, Cunha recordou que mais de 90% do comércio internacional do país é realizado por via marítima e que a frota brasileira é reduzida e tem idade média superior a 20 anos. Vice-almirante transferido para a reserva após 42 anos de serviço na Marinha, Moraes Rego, cuja indicação teve como relator Delcidio Amaral (PT-MS), considerou estratégica a definição do "tamanho ideal" da frota nacional.
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) defendeu a conclusão das obras das eclusas de Lajeado (TO) e de Tucuruí (PA) e anunciou a intenção de propor a realização de audiência pública sobre o transporte hidroviário no país. Gerson Camata (PMDB-ES), relator da indicação de Cunha, afirmou que barreiras ambientais atrasam a modernização dos portos e disse que João Batista Motta (PSDB-ES) deve propor a criação da "CPI do Não-Pode", para investigar por que não se pode, por exemplo, implantar o projeto de ampliação do porto de Santos (SP). Embargos ambientais também foram criticados por Alberto Silva (PMDB-PI) e Leonel Pavan (PSDB-SC).
Fonte: Jornal do Senado (9/02/2006)