ITAJAÍ – Antes de desafogar totalmente o trânsito de mercadorias em função da greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), suspensa há uma semana, o Porto de Itajaí se prepara para uma possível aglomeração de cargas devido à paralisação dos fiscais da Receita Federal, iniciada no porto do Vale quinta-feira passada. Ainda não se fala em números, mas já se prevê danos à balança comercial brasileira: o atraso na liberação de mercadorias deve aumentar os preços logísticos e resultar em perda de competitividade internacional para os terminais locais.
O superintendente do Porto de Itajaí, Wilson Rebello, se preocupa com a continuação da greve por mais uma semana.
– O reflexo inicial será nas áreas externas de armazenamento, os chamados portos secos. Somente depois de liberadas nestes locais é que são trazidas para o cais – explica.
O presidente do Sindicato das Agências Marítimas, Eclésio da Silva, concorda que não haverá reflexos imediatos nos setores de exportação e importação, mas, assim como a superintendência do porto local, ele teme que a situação se agrave caso a paralisação se estenda até sexta-feira.
– Ainda é muito recente, e as liberações para os embarques e desembarques de agora já haviam sido expedidas anteriormente – comenta Silva, que acredita na possibilidade de um colapso caso os funcionários da Anvisa parem novamente, conforme planejam, caso o governo não atender às suas reivindicações.
Seriam duas categorias essenciais para o Comércio Exterior paradas. A greve da Receita Federal teve adesão quase total em Itajaí. O responsável local do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal, Gelson Santos, diz que não há previsão de retorno.
Os cerca de 7,5 mil auditores fiscais da Receita em todo o Brasil querem a implementação imediata de um plano de carreira, além da gratificação de risco extensiva a todos os ativos, aposentados e pensionistas e a fixação de data-base para revisão anual dos vencimentos. (Fonte: Jornal de Santa Catarina/RICARDO RUAS)
Fonte: REVISTA PORTOS E NAVIOS