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Comando Nacional de Mobilização avalia possível negociação

O Comando Nacional de Mobilização das Agências e DNPM se reuniu na tarde desta sexta-feira (9), em Brasília.

Após informes gerais das entidades e por instituição reguladora, os integrantes do Comando passaram a avaliar a possibilidade de reabertura da Mesa de Negociação com o governo.

Vale lembrar que o jornal Correio Braziliense publicou matéria intitulada "Governo reabre diálogo com os sangues azuis", segundo a qual o Ministério do Planejamento realizaria reunião com as entidades representativas das categorias que não celebraram acordo em agosto passado.

Um dia após a publicação da reportagem, o MPOG rebateu a matéria em nota oficial, enfatizando as várias informações equivocadas veiculadas.

Sobre o assunto, o presidente do Sinagências, João Maria Medeiros de Oliveira, lembrou que “esta não é a primeira vez que o Correio Braziliense – assim como a imprensa convencional – tenta desqualificar o movimento e confundir os servidores”. Para João Maria, a intenção é jogar a opinião pública contra os trabalhadores e esses contra os sindicatos. “Para o servidor que está lá na ponta fica a impressão de que o sindicato não faz nada, está inoperante e não se comunica com a categoria. É um jogo em que prevalece a mentira, cujo objetivo é claro: enfraquecer a nossa mobilização”, disse.

Avaliação

Feita uma análise abrangente, os integrantes do Comando Nacional de Mobilização concluíram que o governo não sinalizará com a possibilidade de abrir uma pauta salarial diferente dos 15,8% oferecidos até então a todos e para as Agências, não devendo ir além da proposta apresentada ao Comando de Greve, rejeitada por 97% da categoria.

“O governo não vai dar um centavo a mais, nesta negociação, do que já foi apresentado a outras categorias. E para esta oferta já demos a nossa resposta, com a rejeição massiva em nossas assembleias”, enfatizaram.

 

O Sinagências e o Comando Nacional de Mobilização estão dispostos a negociar com o Executivo desde que a proposta seja outra. “O ponto de partida para essa possível nova negociação é a contraproposta apresentada pelos servidores ao longo da greve”, finalizou João Maria.

As entidades formalizarão um documento com este posicionamento, que será encaminhado à Secretaria de Relações de Trabalho (SRT).

Reposição das horas da greve

A reposição das horas da greve foi outro ponto amplamente discutido na reunião. A reclamação generalizada tem sido a de que o MPOG, ao revisar os Termos, excluiu a possibilidade de substituir horas por metas. Este entendimento tem sido utilizado na maioria das Agências.

João Maria informou que esteve em reunião com os representantes da SRT/MPOG, Sérgio Mendonça e Edina Lima, na quinta-feira (1º/11), juntamente com o diretor jurídico do Sinagências, Nei Jobson, e Yuri Queiroz, da Ancine, para tratar exclusivamente do Termo de Reposição. O entendimento dos representantes é o de que as metas, onde for possível mensurar, podem e devem substituir horas, mas isso a critério do dirigente de cada Agência em acordo com a entidade sindical.

Diante desta afirmativa, foi acertado que o MPOG fará contato com os dirigentes de cada Agência onde estiver ocorrendo o problema para buscar uma solução. O Sinagências optou por não fazer grande alarde dessa reunião e aguardar a posição do MPOG, que deve ocorrer na próxima semana.