O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) terá, em poucos meses, um escritório do DNPM no Acre. O geólogo Paulo Brandão, representando o diretor-geral do órgão, Sérgio Dâmaso, reuniu-se, em 21 de julho, com o governador do Acre, Tião Viana, para informar sobre a presença do DNPM no Estado. O Acre é a única unidade da Federação que não contava com uma representação da autarquia.
Sua instalação atende uma antiga reivindicação das empresas que trabalham com extração de produtos minerais, como areia, argila e água mineral, bem como do governo do Estado, que entende que a presença do órgão é fundamental para o processo de desenvolvimento do Estado. A vinda de Paulo Brandão ao Acre se deu por intermédio do deputado federal Taumaturgo Lima (PT), que está acompanhando e viabilizando o processo de instalação da representação do DNPM no Acre.
O governador Tião Viana falou da importância do órgão no Estado. Ele afirmou que o DNPM no Acre vai facilitar a vida dos empresários que trabalham com esse ramo da infraestrutura e desenvolvimento mineral da região.
“Eu agradeço muito ao deputado Taumaturgo, ao diretor-geral do DNPM, Sérgio Dâmaso, é claro, ao nosso ministro Édson Lobão, que está viabilizando essa parceria com o governo do Estado”, disse o governador. Tião Viana lembrou que há estudos que apontam reservas de calcário e outros minerais – inclusive ouro – em regiões isoladas no Estado. Ele acredita que, com a presença da DNPM no Acre, a prospecção desses minerais deva ser viabilizada, levando-se em consideração as responsabilidades ambientais.
Paulo Brandão disse que o regimento interno do DNPM, recentemente autorizado pelo ministro Édson Lobão, já previa a instalação do órgão no Estado. Brandão afirmou ainda que o Acre vem se desenvolvendo em um processo muito rápido, por isso a presença da instituição é de grande importância para o Estado.
“A partir da instalação do DNPM no Acre, o minerador não mais terá que se dirigir até Porto Velho, em Rondônia, para resolver entraves de sua atividade. Tudo poderá ser resolvido no Estado”, explica o representante do DNPM. Brandão disse ainda que há no Acre um pacote sedimentar muito importante que vai desde Rio Branco a Cruzeiro do Sul. Ele acrescenta que há nessa região vários tipos de argila, algumas bem especiais, que precisam ser identificadas e estudadas. “Com isso, podemos até mesmo criar um polo cerâmico na região.”
Taumaturgo Lima disse que o DNPM vai possibilitar o avanço das pesquisas de solo para o Acre, garantindo o avanço no processo de desenvolvimento do Estado. “O Estado do Acre, assim como toda a Amazônia, tem um solo riquíssimo. Com a vinda do DNPM, é o momento de termos um apoio maior para fazer as pesquisas e dar mais condições aos empresários que já desenvolvem atividades ligadas à exploração dos recursos naturais”, afirmou o deputado.