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Repressão: um atentado contra o Trabalhador Brasileiro

(*) Marcio Colazingari

Amanhecer de sexta-feira (06) na turbulenta cidade de São Paulo. O Sol não aparece, está encoberto pelas nuvens. Dia cinzento e frio.

Metroviários e Sindicato estão reunidos no interior de seu ambiente de trabalho, numa estação de trens e metrôs no Centro expandido da cidade.

Na sequência, chegam os Policiais Militares – protegidos por escudos de ferro, uniformes blindados, armas em punho, dentes cerrados. São os Homens do "Choque". Qual a ação dos Policiais em seguida? Lançam bombas de gás, apontam e disparam balas de borracha contra aquela massa de trabalhadores indefesa – que os leitores desta carta fiquem à vontade para a utilização das mais variadas imaginações a partir daqui. Um verdadeiro "espancamento". Pasmem. A PM inicia um verdadeiro espancamento contra aquela massa de trabalhadores que ali reivindicava melhores condições de trabalho. Foram tratados ali com toda a crueldade digna de um Estado Repressor, por exercerem o Constitucional Direito de Greve do Trabalhador.

Algumas perguntas que não querem calar: A Polícia Militar age por hierarquia e ordem, logo, de quem partiu esta ordem? Quem foi o cruel mandante do Ato Repressor? De qual autoridade pública emanou o mais profundo ressentimento quando ordenou: "vão e massacrem os Trabalhadores que reivindicam seus Direitos"?

Não bastasse isso, nesta segunda-feira, após ameaças do governador Geraldo Alckmin (PSDB), 60 metroviários foram demitidos. Há previsão de mais demissões ao longo do dia e de afastamento de grevistas ligados ao sindicato (que não podem ser demitidos por estabilidade assegurada por lei).

A nós, Sindicatos e Centrais, cabe uma grande reação, um enorme repúdio. Uma imensa resposta à repressão que viola a Garantia Constitucional do Cidadão, do Povo Brasileiro. Que jamais fiquemos de braços cruzados frente a cruéis cenários repressivos. Livrai-nos de tal mazela do passado.

(*) Diretor de Comunicações Adjunto do Sinagências