O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) manifesta profundo pesar pela morte do cineasta Cacá Diegues, ocorrida nesta sexta-feira, 14 de fevereiro. Um dos principais expoentes do Cinema Novo, Diegues criou obras como Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1980) e Deus é Brasileiro (2003). Sua contribuição, no entanto, foi além da produção cinematográfica, influenciando diretamente as políticas públicas voltadas ao setor audiovisual.
Diegues foi uma voz ativa na defesa de um modelo mais eficiente de regulação e fomento ao cinema brasileiro e, por conta disso, foi perseguido por suas posições progressistas. Durante o governo Bolsonaro, a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) passou por um período de retrocessos e perseguição política, incluindo a cobrança, em 2022, da prestação de contas de um filme dirigido por Diegues 16 anos antes. O episódio ocorreu em um momento de pressão sobre artistas que criticavam o governo, evidenciando a instrumentalização burocrática como forma de censura indireta.
Esse tipo de episódio evidencia a necessidade de uma política audiovisual que garanta autonomia criativa, previsibilidade regulatória e acesso democrático aos recursos do setor, o que possibilitará que o Brasil continue formando grandes artistas, como foi Cacá Diegues, cujo legado seguirá vivo, inspirando novas gerações e reforçando a necessidade de políticas públicas que valorizem e protejam a produção cinematográfica do país.
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Fonte: Ascom/Sinagências