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Mesmo com a suspensão das contratações, definida pelo governo no corte de gastos do orçamento, o chefe da pasta das Comunicações, Paulo Bernardo, pediu autorização para convocar 71 aprovados na seleção feita pela agência em 2009

Ministro quer driblar medidas de austeridade, convocando mais aprovados.

O ministro das comunicações, Paulo Bernardo, pediu ao Ministério do Planejamento autorização para contratar servidores para os quadros da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Bernardo — que foi ministro do planejamento do governo Lula — quer evitar atritos por conta de requerimentos de novos concursos, especialmente em um momento de esforço fiscal do governo. Mas recorreu a uma manobra para tampar o buraco deixado na agência com a reativação da Telebrás, para onde retornaram mais de 70 servidores, até então, deslocados para a reguladora.

O último concurso para o órgão foi feito em 2009, para o preenchimento imediato dos postos, contudo, uma brecha na lei permite um incremento em 50% no número de convocados. É por meio desse incremento que o ministro pretende aumentar o efetivo da reguladora em mais 71 profissionais, a um custo de R$ 12,5 milhões.

“No que se refere a vagas além dessas, não temos nenhum compromisso firmado”, emendou Paulo Bernardo, de forma a reforçar que, por determinação da presidente Dilma Rousseff, novos concursos estão suspensos. Wilson Diniz, membro da comissão dos aprovados no concurso de 2009, se disse satisfeito com a declaração do ministro, mas está apreensivo quanto ao prazo exíguo para que as nomeações sejam efetivadas. “A validade do concurso vai até julho. Considerando o período necessário para a contratação e o curso de formação, se não formos chamados imediatamente, todo o esforço será perdido e um novo processo seletivo terá de ser organizado”, alertou. Bernardo confirmou também que a pasta publicará, nos próximos dias, o edital para o certame dos Correios, que ofertará 9 mil vagas e deve ocorrer no início de maio.

Fonte: Correio Braziliense