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Segundo ANA, Brasil precisa investir R$ 110 bilhões até 2035 para garantir acesso à água

Segundo dados levantados pela agência ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), na 2ª edição do Atlas Águas, para garantir o acesso da população à água potável o Brasil precisará investir, até o ano de 2035, um total de R$ 110 bilhões na produção, infraestrutura  e distribuição de segurança dos recursos. As regiões Sudeste e Nordeste requerem 76% dos investimentos por apresentarem as maiores demandas.

Para a diretora da ANA, Christianne Dias, a atualização do Atlas levou em consideração os recentes eventos de escassez hídrica no Brasil e as mudanças climáticas. Segundo Dias, a publicação também relaciona a segurança hídrica e o abastecimento. “Segurança hídrica continua sendo um desafio para a gestão tanto na questão da quantidade quanto da qualidade dos nossos recursos hídricos. E o novo Atlas está alinhado com o novo marco legal do saneamento”, afirmou Christianne Dias.

Segundo o Atlas, apenas 7 milhões de brasileiros vivem em cidades com segurança hídrica máxima e somente 667 cidades apresentam esse índice. Já a maior parte da população, 77,3 milhões de brasileiros, habitam locais classificados com segurança média, havendo 1.975 cidades nessa condição. Pouco mais de 50 milhões de brasileiros vivem em 785 cidades com segurança hídrica baixa ou mínima.

Também foi avaliada a vulnerabilidade dos mananciais, as fontes de águas superficiais ou subterrâneas usadas para o abastecimento público, a capacidade dos sistemas produtores de água e o desempenho dos sistemas de distribuição. Em 39% das cidades, há sistemas produtores de água satisfatórios, em 42% são necessárias ampliações das unidades e em 19% há necessidade de adequações nos sistemas, de acordo com dados  do relatório.

Investimento nos estados

O relatório aponta que as regiões Sudeste e Nordeste demandam 76% dos investimentos por apresentarem as maiores quantidades de habitantes e maiores demandas por água. São Paulo, Ceará, e Minas Gerais são os que mais precisam de recursos. A seguir, acompanhe os

investimentos, em ordem decrescente, que cada estado brasileiro precisa até 2035 para universalizar o abastecimento de água:

  • São Paulo: R$ 17,81 bilhões
  • Ceará: R$ 12,85 bilhões
  • Minas Gerais: R$ 11,36 bilhões
  • Rio de Janeiro: R$ 10,57 bilhões
  • Pernambuco: R$ 8,05 bilhões
  • Bahia: R$ 7,42 bilhões
  • Paraná: R$ 5,32 bilhões
  • Rio Grande do Sul: R$ 4,75 bilhões
  • Santa Catarina: R$ 3,71 bilhões
  • Goiás: R$ 3,34 bilhões
  • Pará: R$ 3,21 bilhões
  • Rio Grande do Norte: R$ 2,96 bilhões
  • Espírito Santo: R$ 2,78 bilhões
  • Paraíba: R$ 2,39 bilhões
  • Piauí: R$ 2,20 bilhões
  • Maranhão: R$ 2,15 bilhões
  • Mato Grosso: R$ 1,44 bilhões
  • Alagoas: R$ 1,43 bilhões
  • Sergipe: R$ 1,36 bilhões
  • Mato Grosso do Sul: R$ 1,02 bilhões
  • Rondônia: R$ 967,5 milhões
  • Amapá: R$ 736,4 milhões
  • Amazonas: R$ 621,1 milhões
  • Tocantins: R$ 613,2 milhões
  • Distrito Federal: R$ 574,9 milhões
  • Acre: R$ 427,8 milhões
  • Roraima: R$ 172,0 milhões.

Os dados da publicação poderão ser acessados no Portal Atlas Águas por meio do computador ou aplicativo de celular Água e Esgotos, que é gratuito e está disponível para dispositivos Android e na App Store (iOS). Com isso, órgãos governamentais, prestadores de serviços de abastecimento e a sociedade em geral poderão acessar as informações nacionais, regionais, estaduais ou municipais sobre o tema.

Fonte: Ascom/Sinagências