Parlamentares, sindicatos e servidores intensificam oposição à tentativa de fragilização do serviço público
Durante o seminário “A Reforma Administrativa”, realizado nesta terça-feira (08/07) no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, a deputada Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP) fez duras críticas ao grupo de trabalho (GT) criado para debater a proposta. “Esse GT da Reforma Administrativa é uma grande farsa”, afirmou, alertando para a tentativa de legitimar, sob aparência de diálogo, um projeto que ameaça o serviço público brasileiro.
Em sua fala, a parlamentar reforçou a importância de mobilizar a base do funcionalismo em todos os espaços de atuação. “Cada escola, cada posto de saúde, cada unidade de trabalho do serviço público tem que ser um local de discussão. As pessoas precisam saber as bombas que estão plantadas aqui no Congresso Nacional contra o povo brasileiro”, declarou, convocando os servidores à ação.
Promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, o seminário reuniu parlamentares, especialistas, lideranças sindicais e servidores de todo o país com o objetivo de consolidar a resistência ao GT da Reforma Administrativa — que, na prática, representa uma tentativa de retomar propostas da PEC 32. Essa Proposta de Emenda à Constituição, originalmente apresentada durante o governo Bolsonaro, não avançou graças à mobilização da categoria, mas elementos do seu texto podem reaparecer no relatório final do GT.
Entre os pontos mais criticados do GT da Reforma estão o fim da estabilidade para grande parte dos futuros servidores, a criação de vínculos precários, o avanço da terceirização e a redução do papel do Estado na oferta de serviços essenciais. Para entidades sindicais e movimentos sociais, a reforma não enfrenta privilégios, mas pune os servidores da base, fragiliza a prestação de serviços à população e aprofunda desigualdades ao submeter áreas como saúde, educação e segurança à lógica do mercado.
O seminário foi mais uma etapa da mobilização nacional contra a Reforma Administrativa, construída em articulação com sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais, a atividade reafirmou a necessidade de enfrentamento político permanente para impedir o avanço de uma agenda que desmonta o serviço público e compromete os direitos do povo brasileiro.
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Fonte: Ascom/Sinagências