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Rompimento de amarras em plataforma coloca vida de Fiscais da ANP em risco

Apesar do perigo da atividade, os fiscais das agências recebem 30% a menos em comparação com outras carreiras típicas de Estado

Duas amarras da plataforma flutuante P-31, localizada na Bacia de Campos, se romperam, na semana passada. O incidente ocorreu justamente no momento em que dois fiscais da Agência Nacional de Petróleo (ANP) faziam diligências no local.

Os fiscais solicitaram imediatamente o desembarque dos trabalhadores, mantendo apenas aqueles essenciais para as atividades de reparo das amarras. “Em seguida, fizemos com que a Petrobras despressurizasse as linhas e agora aguardamos a melhora das condições do local”, explicou um fiscal da ANP, que prefere não ser identificado.

O sistema de ancoragem assegura a estabilidade e imobilidade da plataforma. Quando ele está comprometido, a vida e a segurança dos trabalhadores ficam em risco.

Apesar de os servidores da ANP desempenharem uma atividade altamente complexa e perigosa, eles recebem 30% a menos em comparação com outras carreiras típicas de Estado. Esse desequilíbrio salarial afeta todas as 11 Agências Reguladoras, o que tem provocado o êxodo de servidores para as empresas reguladas e outras carreiras do executivo.

“É absurdo que os servidores arrisquem suas vidas e ainda sejam desvalorizados dessa maneira. Não pretendemos ser melhor nem pior que ninguém. Nossa luta é por equidade entre as categorias que exercem atividades análogas no executivo federal”, declara Cleber Ferreira, presidente do Sinagências.

Fonte: Ascom/Sinagências