Evento reuniu parlamentares, especialistas e entidades sindicais em defesa do serviço público
Não será sem resistência que os servidores públicos aceitarão a tentativa de desmonte do Estado travestida de “reforma administrativa”. Nesta terça-feira (08/07), a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público realizou um seminário no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, com a presença de parlamentares, representantes do governo federal e entidades sindicais. O objetivo foi claro: fortalecer a mobilização contra a proposta em discussão no Congresso Nacional, que ameaça a estrutura do serviço público e os direitos dos trabalhadores.
O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Celso Cardoso Júnior, foi um dos palestrantes. Ele apresentou as estratégias do governo federal para a transformação do Estado e destacou que modernização não pode ser sinônimo de precarização. Segundo ele, qualquer iniciativa de mudança deve garantir os direitos dos servidores e evitar retrocessos institucionais.
Na sequência, a ex-reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura, fez uma análise crítica da reforma e alertou para os impactos diretos sobre a qualidade dos serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde, educação e assistência social — justamente onde a população mais vulnerável depende da presença do Estado.
Já o diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Neuriberg Dias, chamou atenção para o avanço da proposta dentro do Congresso e a falta de representatividade no Grupo de Trabalho (GT) criado para tratar do tema. Segundo ele, a composição do GT ignora a sociedade e aprofunda o risco de aprovação açodada de uma reforma que atinge em cheio o coração do serviço público.
A coordenação do evento reforçou que, mesmo sob um governo que se elegeu com o apoio dos servidores, o cenário exige vigilância permanente. A Frente Parlamentar reiterou seu compromisso com a defesa do serviço público, com o enfrentamento aos retrocessos e com a construção de uma agenda que priorize os direitos dos trabalhadores e a qualidade do atendimento à população.
A coordenação do evento reforçou que, mesmo sob um governo que se elegeu com o apoio dos servidores, o cenário exige vigilância permanente. A maioria conservadora no congresso, especialmente o chamado Centrão, age sistematicamente como correia de transmissão dos setores empresariais e tem defendido a redução de direitos dos servidores públicos. A Frente Parlamentar reiterou seu compromisso com a defesa do serviço público, com o enfrentamento aos retrocessos e com a construção de uma agenda que priorize os direitos dos trabalhadores e a qualidade do atendimento à população.