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GOVERNO FEDERAL REJEITA PEDIDOS DE SERVIDORES EM GREVE

Agência Nacional de Mineração é a primeira a entrar em greve no 3º governo Lula

O Executivo afirmou, numa reunião com o Sinagências, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Mineração (ANM), que não será possível atender aos pedidos da agência reguladora neste momento. Atualmente, os funcionários da ANM recebem aproximadamente 46% a menos do que os servidores das outras 10 agências reguladoras. Diante dessa disparidade, eles reivindicam um nivelamento salarial.

O encontro ocorreu nesta sexta-feira (02/06), às 11h, na sede da pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. E contou com a presença da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Mineração (ASANM), da Central Brasileira de Sindicatos (CSB), da Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado (Conacate), do Secretário Geral da ANM, Felipe Barbi, e o secretário do ministério de Minas e Energia, Marcelo Oliveira. Do lado do governo, participou a atual Secretária de Gestão de Pessoas e de Relações de Trabalho Interina do MGI, Marilene Ferrari, e sua equipe.

De acordo com a secretária, não há recursos para realizar o nivelamento salarial neste ano e nem promessa de solução.

O presidente do Sinagências, Cleber Ferreira, contestou o argumento. “No ano passado, nos disseram a mesma coisa. Chegaram até a incluir o valor na LOA de 2023, mas foi retirado”. Marilene, então, justificou que os recursos que deveriam ser destinados aos servidores da ANM foram utilizados para outras finalidades.

“Isso é um absurdo. Se destinaram nossas verbas para outras atividades, podem tirar a verba de outras atividades para os servidores da ANM”, refutou o Cleber Ferreira.

O presidente da ASANM, Antônio Prado, destacou, ainda, que a atual situação já está afetando a saúde dos servidores. “Eles estão tendo burnout e esgotamento, o que agrava ainda mais a situação da Agência”.

Outro pedido reforçado pelo Comando Geral da Greve foi para fortalecer o quadro de pessoal, por meio de novos concursos públicos. Sobre isso, Marilene disse que as provas devem ocorrer, mas somente após chamarem todos os aprovados no concurso realizado em função da uma ação civil pública.

A reunião foi encerrada sem nenhuma outra agenda prevista para diálogo com o governo. Na próxima quarta-feira, no entanto, está marcada uma Assembleia Geral Unificada Nacional, para deliberar novos indicativos de paralisação.