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Greve afeta operações em Suape

O Porto de Suape deixou de movimentar 2 mil contêineres na última semana devido à greve dos fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ontem completou nove dias. Essa quantidade de carga deveria ser trazida por cinco navios, dos quais três desistiram de atracar e dois cancelaram as escalas que fariam no porto. Ontem, três navios esperavam para atracar em Suape, sendo dois de contêineres e um que transportava gás de cozinha (GLP).

A carga que deixou de ser movimentada corresponde, em média, a 10% dos contêineres que passam por Suape em um mês. Os contêineres trazem produtos acabados (como roupas, bebidas) e matéria-prima para a indústria local.

A greve altera a rotina dos portos porque são os fiscais da Anvisa que dão a autorização para os navios atracarem e iniciar a movimentação da carga.

O Sindicato das Agências de Navegação do Estado de Pernambuco (Sindanpe) entrou com uma ação na Justiça e conseguiu uma liminar determinando que os navios – representados pelas 16 agências filiadas à entidade – possam atracar e movimentar as suas cargas. "Os fiscais da Anvisa não estão cumprindo a liminar porque os navios estão esperando", comentou o presidente do Sindanpe, Edson Fonseca.

Dependendo do tamanho do navio, é cobrada uma taxa que varia de US$ 40 mil a US$ 50 mil por dia parado da embarcação. O valor será cobrado ao dono da carga e ao operador portuário.

A situação só não ficou mais crítica em Suape porque dois navios conseguiram atracar pela manhã e um à tarde. Para se ter uma idéia de como está lenta a movimentação, o navio Ali S, que estava trazendo 12,8 mil toneladas de chapa de aço para o Estaleiro Atlântico Sul, chegou a Suape na última quarta-feira e só conseguiu atracar ontem à tarde.

Fonte: Revista Portuaria