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Governo defende corte de ponto de servidores públicos federais que participam de greve geral. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) informou aos órgãos da administração pública direta, indireta e autarquias que o lançamento dos descontos dos dias de paralisação devem ser efetuados no Sistema Integrado de Recursos Humanos (SIAPE) tão logo possível.

De acordo com Marília Cunha, secretária Geral Adjunta do Sinagências, deixar o trabalhador sem salário é tortura, por que o governo, em vez de empurrar os servidores para greve com reuniões sem propostas e melhorias de condições de trabalho, não cria uma política de recomposição permanente da inflação, com data-base, de forma organizada", diz.

Para Ricardo de Holanda, diretor de Comunicação do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), os servidores não podem se intimidar por esse tipo de ameaça. "Estamos, pacificamente, no gozo de nosso pleno direito de greve. Ameaçar, diariamente, o corte de ponto, é uma postura de tortura psicológica. Cortar o ponto é torturar o trabalhador e sua família vivos a cada dia descontado. Eu não nasci nem vivi os anos de chumbo, mas parece que a presidenta aprendeu bem", considera.

Para Anésio Evangelista de Oliveira Filho, Secretário Sindical do Sinagências em São Paulo, nós não estamos vivendo numa democracia, o governo dito democrático e popular, oriundo de manifestações sindicais e trabalhistas, hoje haje de uma forma triste e ditatorial contra os próprios movimentos paredistas sindicais dos servidores públicos federais, reprimindo o servidor público cortando o seu salário de imediato. Estamos tão somente buscando reposição inflacionária e modernização da carreira.

Diretor de Administração do Sinagências, José de Lima Dias, destaca que é lamentável uma chefe de governo que enfrentou os anos de chumbo e torturas, possa incentivar esse tipo de pressão psicológica e realizar o corte de ponto dos servidores que estão reivindicando os seus direitos e melhores condições de trabalho.

Para o Secretário Sindical do Sinagências no Rio de Janeiro, Solon de Luna, o mais grave dessas ameaças é que representa um verdadeiro assédio moral coletivo, pois o servidor não pode exercer o seu legítimo direito de greve, que é garantido na nossa constituição. Como nós reguladores federais manteremos o nosso poder de compra, se o governo não faz nem a reposição da inflação e nem valoriza a nossa carreira com o subsídio.

Assessoria de Imprensa – Sinagências