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Sinagências na Marcha a Brasília: Governo reafirma a política de arrocho salarial

Na semana passada aproximadamente 6 mil servidores públicos estiveram presentes na Esplanada dos Ministérios e marcharam até o Ministério do Planejamento para tratar da Campanha Salarial Unificada 2012. A Marcha à Brasília foi convocada pelas 31 entidades do Fórum Nacional das Entidades Sindicais Nacionais dos Servidores Públicos Federais. O Presidente do Sinagências, João Maria Medeiros de Oliveira, esteve presente na mobilização e na reunião da SRT/Mpog.

Após a marcha, as 31 entidades sindicais foram recebidas pela equipe do Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, que comunicou a dificuldade em atender a demanda para implantação da política salarial permanente, com data-base e recomposição inflacionária anual, por falta de regulamentação da negociação coletiva do setor público.

Disse ainda que o índice de 22,08% de recomposição emergencial (diante da inflação dos últimos anos) apresentado pelas entidades sindicais é questionável e que o governo sofre restrição orçamentária. Somente ponderou sobre a possibilidade de avançar no reajuste dos benefícios (auxílio-alimentação, creche, transporte e plano de saúde).

Sérgio Mendonça informou que o governo priorizará as mesas de negociação setoriais e, após as negociações específicas, a discussão com o Fórum será retomada. Acrescentou que o Planejamento pretende encerrar as negociações até o dia 31 de julho.

"O governo está fechado, com uma visão ortodoxa de austeridade fiscal e sem apresentar nenhuma novidade. É necessário que todos os servidores se conscientizem e participem das mobilizações”, destacou o diretor jurídico do Sinagências Nei Jobson.

“No governo Lula os servidores e o serviço público foram qualificados como um dos principais indutores do desenvolvimento econômico e não se furtou em reconhecer sua importância. Agora, o governo só nos dispensa a retórica de restrição orçamentária e os servidores são colocados como vilões do gasto público. Essa carapuça não aceitamos”, ressaltou o diretor de comunicações Ricardo de Holanda.

Os argumentos de que o atendimento das demandas dos servidores poderia gerar problemas para a economia brasileira foram questionados pelos sindicalistas. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, registrou que “o governo brasileiro só tem restrições orçamentárias quando discute demandas dos trabalhadores. Em contrapartida já desonerou R$ 90 bilhões da folha de impostos que deviam ser pagos por empresários.”

Diversos servidores das Agências Reguladoras participaram da mobilização, além da Diretora de Fomento à Pesquisa Carla Martins e membros da Diretoria Executiva Nacional do Sinagências.

  FIQUE ATENTO!  Próximas ações

A próxima atividade de mobilização da categoria acontece no dia 25 de abril com um Dia Nacional de Lutas,   que prevê a paralisação de atividades em todo o serviço público federal, para medir a necessidade de se   iniciar uma greve por tempo indeterminado.

Outra reunião com as 31 entidades sindicais está agendada para 24 de abril, um dia antes do Dia Nacional de Lutas que acontecerá em todo Brasil, e que servirá de termômetro para que os servidores sintam as disposições do governo em avançar no diálogo com a categoria.

Os servidores das Agências Reguladoras devem ficar alertas, pois a visão do Governo está na contramão dos direitos dos trabalhadores e poderá ser necessário construir uma greve para que tenhamos nossas pautas atendidas.

Acesse aqui a coletiva de imprensa com o secretário Sérgio Mendonça  e conheça os eixos da Campanha Salarial Unificada 2012.

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