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Reguladores de Brasília, reunidos em assembleia, rejeitam proposta do governo

Reunidos em Assembleia Geral Deliberativa do Sinagências no Distrito Federal, na noite de sexta-feira (23), os servidores das Agências Reguladoras rejeitaram a proposta governamental, ofertada no mesmo dia, à tarde, de reajuste linear baseado nos 15,8% mais a extinção da Gratificação de Qualificação – GQ, atingindo o percentual de 19,1%, sem subsídio. A atividade ocorreu no estacionamento da Anvisa.

Após a leitura do edital da assembleia, o presidente do Sinagências, João Maria Medeiros de Oliveira, fez uma avaliação da evolução das negociações desde o ano passado, enfatizando que ao longo desses meses “procuramos em todas as etapas corrigir distorções, elevando o especialista em regulação ao máximo (próximo ao ciclo de gestão); tentando garantir a paridade das áreas meio e fim; elevar o PEC com a carreira; e elevar o percentual de aproximação entre os níveis intermediário e superior”. João lembrou que salário inicial é atraente, mas “o problema vem depois, com o passar do tempo”.

O presidente do Sinagências esclareceu que até ontem à noite, provavelmente, o governo apresentaria dois cenários para avaliação na reunião de hoje. O primeiro seria o reajuste linear de 19,1% para todos e sem subsídio; o segundo previa a volta do subsídio, mas sem os 19,1% (seria outro percentual). O governo recuou e apresentou apenas a primeira proposta.

Diante disso, o Comando Nacional de Mobilização orientou a rejeição da proposta, até para ter mais tempo de articular uma alternativa, última tentativa, mais à frente, após a realização das assembleias – que ocorrerão em todo o país.

Giulio Cesare, dirigente da Fenasps, lembrou que “o governo quer nos dividir mais uma vez. É só verificar os dados. Não entramos em greve em 2012 por reajuste linear”. Giulio disse ainda que o governo não apresentou nada por escrito, nenhuma tabela, nenhum estudo.  “O PEC não aceita e crê que pode melhorar a proposta, mas temos que caminhar juntos, sem divisões”, advertiu.

Na mesma linha de raciocínio, o dirigente do Sinagências Yuri Queiróz enfatizou que para “fortalecer a nossa identidade como categoria, temos que construir um posicionamento coletivo”.

Alessandro Belisário, da Univisa, ressaltou que o governo desconsiderou “a nossa demanda pelo subsídio, não apresentou tabelas e está, no fundo, jogando conosco”.

Após a votação, João Maria disse que a rejeição da proposta do governo significa a “nossa dignidade. O subsídio tem que vir e vai ser agora”, resumiu.

Os servidores voltam a se reunir em Assembleia na quarta-feira (28), ou antes, caso haja alguma novidade por parte do governo.